Autor:
Madeleine
Roux
Editora:
Plataforma21
Ano
de publicação: 2016
Páginas:
356
ISBN:
9788550700045
Nota:
03/05
*Livro cedido pela Plataforma21 para resenha
“Não exagere na alegria nem no orgulho
“Não exagere na alegria nem no orgulho
Não
abuse da sorte, não faça barulho;
Os
Artistas dos Ossos roubam e então desaparecem.”
Recém lançado pela Plataforma21, Catacomb é o
terceiro livro da série Asylum, da autora norte-americana Madeleine Roux. O
livro passa longe do Brookline, o antigo manicômio que trouxe tanto trauma para
o Dan e seus amigos, mas isso não significa que as coisas estarão melhores.
Nove meses após os acontecimentos em Sanctum, Dan,
Abby e Jordan estão juntos novamente, dessa vez cruzando o país com destino ao
estado da Louisiana, Jordan irá morar com o seu tio Steve na cidade de New
Orleans.
Os três se revezam no volante do carro, e a noite
dormem em barracas, eles estão animados com a viagem, principalmente Abby, que
está aproveitando boa parte dela para fotografar locais e monumentos históricos
para ajudar em seu projeto fotográfico. Dan também está feliz por estar próximo
dos seus amigos, mas ainda procura pistas sobre os seus pais biológicos. Antes
de escaparem do incêndio no Brookline, Dan conseguiu resgatar alguns arquivos
que poderiam ajudar nessa questão, mas a sua pesquisa não o ajudou tanto como
esperava.
Durante a viagem, Dan é surpreendido com uma
mensagem em seu celular, mas o mais surpreendente é que a mensagem vinha de Micah,
que morreu recentemente, e sabendo como o nosso personagem principal sempre
anda assustado, faz Dan relembrar os traumas que sofreu recentemente com os
Scarlets e por um ponto de interrogação em sua mente, pensando em quem poderia
estar enviando aquela mensagem. A mensagem dizia que eles se veriam muito em
breve.
“Pelo
jeito as pessoas apelam para a superstição quando a água bate na bunda.”
Dan revela aos seus amigos sobre a mensagem recebida
e também sobre os documentos sobre os seus pais. Abby e Jordan decidem analisar
os documentos e no meio deles há um cartão postal de um prédio, que após
fazerem pesquisas, descobrem que o prédio é um antigo colégio e ele fica
localizado no estado do Alabama. Como eles vão passar pelo estado, decidem
visitar o colégio para colher novas informações.
Dan percebe que tem alguém espionando eles e tirando
fotos, mas a pessoa estava usando um capacete e Dan não conseguiu identificar a
pessoa que conseguiu fugir em uma motocicleta.
Antes de chegar a New Orleans, o trio passa mais uma
noite dormindo em barraca e Dan percebe que eles têm companhia, ele foi avisado
novamente por uma mensagem de Micah em seu celular, dessa vez não é a
misteriosa pessoa da moto, e sim duas pessoas, um homem e uma mulher em um
carro, mas Dan não conseguiu identificar as pessoas.
O livro tem uma conexão com o livro alternativo da
série, Artistas dos Ossos, e eu
considero importante e leitura do livro para entender melhor os acontecimentos.
E durante a leitura de Catacomb, percebi que o livro Artistas dos Ossos se
passa bem antes dos acontecimentos em Sanctum.
Os acontecimentos vistos em Artistas dos Ossos com o
que foi relatado em Catacomb não batem. Há um conflito no enredo, confundindo a
mente de quem leu todos os livros da série até aqui, nesse caso, um ponto
negativo.
“Steve
havia pendurado algumas fotos emolduradas na parede da escada. Dan parou diante
de uma delas. Era de três homens na rua, pelo menos ao ar livre. Usavam
máscaras simples, com buracos exagerados para os olhos e bicos curvados. Dan
estremeceu, detestando aquelas órbitas vazias que faziam quem as usava parecer alguém
sem vida [...] Ele só torcia para que não houvesse nenhuma daquelas malditas
fotos no quarto deles, ou jamais conseguiria dormir.”
E nosso personagem principal, como é possível se assustar tanto, parece o Coragem, o cãozinho acima que se assusta com tudo. É verdade que ele já passou por grandes traumas no passado, mas essa característica medrosa de Dan tem momentos que irrita.
O desenvolvimento da leitura é rápido, não percebi nenhum
grande questionamento deixado em aberto pela autora para uma futura continuação
assim como foi visto nos livros anteriores. Alguns questionamentos que eram
feitos por mim, principalmente sobre os pais biológicos de Dan são revelados,
mas ao concluir a leitura, a autora não revelou quem era o responsável por
enviar mensagens a Dan se passando pelo Micah, e acho que isso nunca será
revelado em algum livro futuro.
Todos os livros da série são elogiados pelo cuidado
gráfico que a editora tem, em Catacomb não é diferente, um livro muito
chamativo e com uma quantidade razoável de boas fotos. Mas, assim como havia percebido
em Sanctum, parece que algumas fotos não estão no lugar correto com que condiz
com aquilo que estamos lendo. Nessa primeira edição do livro, encontrei alguns
erros de revisão, mas não atrapalharam a leitura.
Quem acompanha os livros da série, sabe muito bem
que o terror não é o ponto forte, e acho que tem muitos momentos em que a autora tenta
plantar medo onde não há.
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